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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: www.google.com

 

LETY ELVIR LAZO

( HONDURAS )

 

Pseudônimo: MAGA SULANITA

 

Ela estudou literatura na UNAH , onde obteve o título de Bacharel em Artes. Formou-se em língua e literatura espanhola em Madrid . Ela tem doutorado em Letras e Artes pela América Central. Desde 1996 trabalha como professora na UNAH. Ela é especializada em literatura latino-americana, literatura e cultura centro-americana e literatura escrita por mulheres.

Ela foi cofundadora da Associação Nacional de Mulheres Escritoras de Honduras, ANDEH, em 1997. Entre 2006 e 2007 foi beneficiária de uma bolsa Fulbright que lhe permitiu passar uma estadia na Delaware State University , nos Estados Unidos. Ela reside na Holanda como escritora convidada do Letterenfonds Netherlandes e da cidade de Amsterdã.

Ela também foi cofundadora e vice-presidente do PEN-Honduras entre 2014-2015. Em 2022, foi nomeada chefe da Diretoria de Livros e Documentos, departamento do Ministério da Cultura e Artes de Honduras.

Publicações: Lua que não cessa, 1997; Mulher entre cachorro e lobo, 2001; Sublime e perverso (Histórias), 2005; Honduras: Golpe e Pluma. Antologia de poesia resistente escrita por mulheres (2009-2013).

Coeditora de Honduras: Poemas Femininos de Protesto e Resistência (2009-2014), 2015, que ganhou dois prêmios no International Latino Book Awards 2016: Melhor Livro de Poesia - Multiautor (Segundo lugar) e Melhor Design de Capa (Primeiro Lugar ).

Prêmios e reconhecimentos: Em 1996 recebeu o Primeiro Lugar no Prêmio Embaixada do Chile. Nesse mesmo ano participou como convidada do Primeiro Encontro de Jovens Poetas da América Central.

A coleção de poemas “Luna que no cesa” ganhou o primeiro prêmio em 1997 na VIII Bienal de Poesia "Fredo Arias de la Canal", organizada pela Câmara Municipal de Valparaíso .

 

TEXTO EN ESPAÑOL  -  TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

BENDITO SEA TU CUERPO. Resumen del 1er Concurso Mundial de Poesia Erótica – Perú, 2007.  Compilador: José Guillermo Vargas. Lima, Peru: Ediciones Ventana Andina, 2008.  358 p.   15 x 21 cm.  No. 10 735                       Ex. biblioteca de Antonio Miranda

 

        DEBAJO DE UN MANZANO TE DESNUDÉ

 

 I

Debajo de un manzano te desnudé
chupe tus pezones
y entre los vellos de tu pecho
mi lengua enredé.
Vi tu carne creciendo
como una amapola de roca firme
y dulce fue tu beso en mi beso
como la leche y miel
y tibio fue tu sudor sobre mi sudor
como vino puro.  !Oh, mi Dios!
nunca apartés de mi este paraíso.

 II

Al caer la noche
mi cabello envuelve
el cuerpo de mi amado
derramo mi perfume sobre sus pies
su cabeza, su boca
y el lunar de su espalda
que nadie se meta
ni siquiera la muerte
que aguarda por él.

III

Entré a la casa de mi amado
y sobre sus piernas me senté
sus manos cual hábiles palomas
desgranaron una a una las mazorcas
y juntos conocimos que las mejores tierras
tienen siempre al lado suyo
un río o las cicatrices de un volcán.

IV

Acostada en mi lecho
mi amado me encontró
acarició mi rostro
mamó mis pechos, mi clítoris
y su lengua hablaba en ninguno y todos los idiomas
lamió las entrañas
llenas de tierra y espinas
sangraron sus venas.
Ya sé que no es fácil amarme
—le dije.
Tampoco es fácil quererme a mí
—me respondió su voz


y la corona se quitó,
desató sus pies
y de nuevo me conoció.

 V

Me acordé de vos, amado mío
y al bosque a buscarte corrí
me gusta el brillo de tus dientes
la pelambre de más en tu cuerpo
o el pelo de menos en tu frente
me gusta el hambre de tu boca
la fuerza de tus garras
y el olor de tu semen.
Por esos siempre vuelvo
a devorarte el corazón.

VI

Mi amado se ha ido
enferma de amor estoy
me acuerdo de sus amores
más que del vino
me acuerdo de sus sabores.
más que del pan y el trigo.
Díganle que se devuelva pronto
que desnuda lo busco
por toda la ciudad.

VII

Tus besos no vienen, amigo mío
y las orquídeas aún tienen tu nombre
apresúrate a volver
que otros besos podrían borrarlo
mas yo no quiero
aún llueve fuego sobre Bagdad.

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

      DEBAIXO DE UMA MACIEIRA TE DESNUDEI 

 

I

Debaixo de uma macieira te desnudei
chupei teus mamilos
e entre os pelos de teu peito
minha língua enrosquei.
Vi tu carne crescendo
como una amapola de rocha firme
e doce foi teu beijo em meu beijo
como o leite e o mel
e quente era teu suor sobre meu suor
como vinho puro.  Oh, Deus meu!
nunca apartes de mim este paraíso.

 II

Ao cair a noite
meu cabelo envolve
o corpo de meu amado
derramo meu perfume sobre seus pés
sua cabeça, sua boca
e a verruga de suas costas
que ninguém se meta
nem mesmo a morte
que aguarda por ele.

III

Entrei na casa de meu amado
e sobre suas pernas me sentei
sus mãos como hábeis pombas
descascaram uma a uma as espigas
e juntos conhecemos que as melhores terras
têm sempre de seu lado
um rio ou as cicatrizes de um vulcão.

IV

Encostada em meu leito
meu amado me encontrou
acariciou meu rosto
mamou meus seios, meu clitóris
e sua língua falava em nenhum e todos os idiomas
lambeu as entranhas
cheias de terra e espinhos
sangraram sus veias.
Já sei que não é fácil amar-me
—eu lhe disse.
Tampouco é fácil querer-me
—me respondeu sua voz


e a coroa retirou,
desatou seus pés
e de novo me conheceu.

 V

Me lembrei de você, amado meu
e ao bosque corri para buscar-te
me agrada o pelo demais por teu corpo
ou o pelo de menos em tua frente
me agrada a fome de tua boca
a força de tuas garras
e o cheiro de teu sêmen.
Por esses volto sempre
a devorar teu coração.

VI

Meu amado foi-se embora
enferma de amor estou
em me lembro de seus amores
mais do que do vinho
me lembro de seus sabores.
mais que do pão e o trigo.
Digam-lhe que regresse logo
que desnuda eu o busco
por toda a cidade.

VII

Teus beijos não voltam, amigo meu
e as orquídeas ainda têm teu nome
apressa-te em voltar
que outros beijos poderiam apagá-lo
mas eu não quero
ainda chove fogo sobre Bagdá.



*

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 Página publicada em abril de 2024.

 

 

 
 
 
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